quinta-feira, 29 de março de 2012

Millôr Fernandes

“Eu sou humorista contra vontade. Um teatrólogo, porque o Armando Couto me chateou tanto que escrevi uma peça. Vou fazer cinema porque no momento me considero um sujeito sem profissão. Em matéria de atividades, a de que mais gosto é ir à praia. Calço sapato 40, mas poderia calçar 42 do mesmo jeito – não me doeria mais nem menos. Nunca vi programa de televisão que prestasse. Sou, para mal ou para bem, um sujeito eclético. Gosto de todas as pessoas, de todas as coisas, de todos os esportes, gosto de ficar em casa, de conversar na rua, de ficar calado. Só não gosto mesmo de televisão, de rádio e de comer. Tenho 33 anos: na idade em que Cristo fez uma religião, eu só fiz o Pif-Paf. Acredito profundamente no corpo, mas sou um atleta frustrado. Como qualquer concretista, também leio cinco línguas ('como qualsiasi concretiste yo aussi read cinco languages'). Não sou católico, mas tenho minhas relações diretas com Deus. E... chega”.

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